O Colégio

Boas Festas

20 Dezembro 2017

A equipa do CEI deseja a todos um Santos e Feliz Natal e um Próspero Ano de 2018

Já falta pouco tempo para o dia tão ansiado por todos nós em todos os anos.

Há mais de dois mil anos, os povos do mundo inteiro também ansiavam por esse mesmo dia. Mas quando ele chegou, as pessoas que tanto o esperaram, andavam muito ocupadas, cheias de coisas, rituais e afazeres inadiáveis. Quando Jesus nasceu, seus pais, José e Maria, andaram de porta em porta à procura de um lugar que os recebesse. Não encontrando lugar, nem na hospedaria, recolheram-se, naquela fria noite de inverno, numa gruta onde os pastores guardavam os animais.

Dois mil e dezassete anos depois, Deus não pode continuar a nascer sem lugar, por causa de atitudes e escolhas que fazem com que cada pessoa se recuse a viver de dentro para fora, perca as suas raízes e referências e se lance permanentemente na solidão e desespero. Atitudes contrárias, como sabemos, às desta época natalícia que se pretende que sejam de comunhão e esperança.

E queiramos quer não, acreditemos ou não, sinal e sintoma disso é a perda contínua e galopante das raízes culturais e celebrativas desta festa, em detrimento de uma porfia prioridade pelo comercial, pelo ter e parecer. Fazemos da nossa vida aquilo que fazemos todos os anos com os pinheirinhos de Natal, enchemo-los e ornamentá-los de “natalíces” com imensas luzinhas coloridas, bolinhas de muitos tamanhos e fitinhas de enfeitar, em “árvores” que na sua maioria não tem raízes.

Stephen Covey na sua pesquisa sobre o que é ter sucesso e quais os hábitos e atributos das pessoas com sucesso, concluiu que existem dois polos sobre os quais surgem os líderes – a “ética do caráter” com o desenvolvimento de atributos como a integridade, a coragem, a fidelidade, a responsabilidade ou a justiça e “a ética da personalidade”, que se foca mais técnicas para atingir o sucesso, do que nos princípios. Ou seja, o importante é parecer bem sucedido aos outros, mas sem real atenção ao que acontece no interior de cada pessoa.

Que este Natal seja uma ocasião de crescermos na responsabilidade pela vida recebida em cada dia, conscientes daquilo que somos e das opções que fazemos. Que seja um oportunidade de renovarmos os nossos propósitos e a nossa missão, focando-nos no essencial. Haverá Natal sempre que alimentarmos sentimentos de comunhão e cooperação uns para com os outros, procurando compreender com respeito e atenção o que têm para nos dizer e fazer. Haverá Natal sempre que criarmos sinergias de bem, de paz e luz, valorizando e cuidado o que de melhor há em cada pessoa; o que de melhor há na pessoa que cada um é, e quer vir a ser.

Feliz Natal!

Prof. Francisco Pereira, prof. de E.M.R.C.